Pouca gente ficou sabendo, mas o conjunto sourense de carimbó Marajauê, sagrou-se campeão, no estilo livre, do 9º Fest Rimbó – Festival de Carimbó de Santarém Novo, realizado pela Irmandade de Carimbó de São Benedito, desde 2002. Formado Por Everaldo Cordeiro, Amilton Lima, Dici, Neno e César (os três últimos filhos do Mestre Regatão) e com o decisivo apoio musical de Mestre Diquinho e do violonista Igor Nicolai, o Marajauê defendeu a música Obra-prima, composta pelo vice-Presidente do CPOEMA, Ailton Favacho.
Muito mais do que um simples evento anual, o FEST RIMBÓ é um dos principais espaços de valorização e difusão da cultura popular paraense, pois consiste no encontro e na celebração da diversidade do carimbó e suas várias vertentes. Ao longo desses anos, o Festival criou atividades importantes como Seminários, Encontro dos Mestres de Carimbó, Oficinas de Saberes e Fazeres do Carimbó, Mini-Festival com grupos infantis e Circuito Carimbó nas Escolas, além do Troféu Mestre Celé de Carimbó (estilos raiz e livre) e de animados bailes e shows com grupos regionais e locais, que estão relacionados ao movimento do Carimbó como Patrimônio Cultural Brasileiro.
Por: Dario Pedrosa
Fonte: http://dariopedrosa.com/?cat=6
Carimbó Modelo
Em 1993, junto um pequeno grupo de amigos e acompanhado de se filho mais velho, o Sr. José Pinheiro (Zeca Lima), teve a iniciativa de formar um conjunto de carimbó em Castanhal, já que não se tinha registro de nenhuma formação semelhante na cidade. O grupo, composto por seis pessoas, iniciou suas apresentações e com o fortalecimento do conjunto, o grupo passou a ser conhecido como Conjunto de Carimbó Modelo de Castanhal, em homenagem ao município, que tinha o título de Cidade Modelo.
SEJA BEM VINDO!!!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
IRITUIA FAZ SUA PARTE PARA QUE O CARIMBÓ VIRE PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO
Neste último fim de semana, uma equipe do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -, se deslocou até o município de Irituia com o objetivo de levantar dados para o enriquecimento do projeto que visa à elevação de nosso carimbó ao título de patrimônio cultural brasileiro.
Durante dois dias, visitaram os principais nomes da cultura local: Tio Minga, Miguelito, Sr. Bento, Sr. Solano, Sr. Machado, Charles, Sr. Coroca, Sr. Chico, D. Luzia, Prof. Carol, Julio Lourenço e Besouro.
Irituia foi o 42º município a ser visitado, de um total de 45. O projeto encerrará sua primeira etapa neste primeiro semestre, ficando o retorno da equipe marcado para o segundo semestre, ocasião em que todo o material coletado será disponibilizado para análise e, se necessário, correção por parte das fontes pesquisadas.
Durante dois dias, visitaram os principais nomes da cultura local: Tio Minga, Miguelito, Sr. Bento, Sr. Solano, Sr. Machado, Charles, Sr. Coroca, Sr. Chico, D. Luzia, Prof. Carol, Julio Lourenço e Besouro.
Irituia foi o 42º município a ser visitado, de um total de 45. O projeto encerrará sua primeira etapa neste primeiro semestre, ficando o retorno da equipe marcado para o segundo semestre, ocasião em que todo o material coletado será disponibilizado para análise e, se necessário, correção por parte das fontes pesquisadas.
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'Piranha' mostra a conquista do carimbó no Ceará
A passagem do músico franco-espanhol Manu Chao por Belém, no dia 30 de maio do ano passado, foi o ponto de partida do projeto de documentário cearense “Piranha: O Carimbó no Ceará”, com direção de Tibico Brasil. O média-metragem de 50 minutos, que está em fase de finalização e captação de recursos, mostra como o ritmo nascido da fusão das culturas negra e indígena no Pará e suas variantes - como a guitarrada e a lambada - viraram febre na terra do forró na década de 80.
Agora o carimbó se acrescenta à lista de influências de um número cada vez maior de artistas contemporâneos.
“No caso do Ceará, o carimbó assumiu um espaço dentro do vácuo musical que passávamos na época”, afirma o diretor. “Era um período de entressafra na música cearense. O forró tradicional, como o de Luiz Gonzaga, tinha decaído em popularidade, e o forró eletrônico, que ia tomar de assalto a década seguinte, nem havia sido pensado”.
Nas praias nordestinas, o gênero folclórico amazônico originalmente dançado em passos largos e tomando certa distância entre os parceiros foi aclimatado como uma dança coladinha.
“Grande parte do sucesso se deu porque era uma música ótima para se chegar nas meninas”, admite Tibico.
E a geração de Tibico viveu intensamente seu momento carimbozeiro. Nos anos 80, músicos como Alípio Martins, Vieira, Pinduca, Carlos Santos, Pim, Aldo Sena, Beto Barbosa e Mário Gonçalves experimentavam uma vida dupla entre Fortaleza e Belém. Tocavam nas rádios, eram atrações em programas de auditório como o de Irapuan Lima, espécie de Chacrinha da tevê cearense, e se apresentavam regularmente.
Para retratar esse período, o documentário traz depoimentos dos principais expoentes do cenário paraense, como Pinduca, Aldo Sena, Pim e Mestre Vieira. No caso de Alípio Martins, morto em 1997, e cuja música “Piranha” dá o título do documentário, serão usadas imagens de arquivo. O atual estágio de produção do média conta com cerca de doze horas de filmagem, com locações em Belém e nos municípios paraenses de Igarapé-Miri e Barcarena.
Durante a pesquisa, os produtores puderam perceber inclusive os atuais frutos desse intercâmbio cultural. O carimbó pop que amplificou a música tradicional paraense serviu posteriormente de base para o forró eletrônico cearense.
“Os músicos paraenses não tinham a dimensão de como iam influenciar o forró. Temos uma série de músicos que acabaram nascendo e se formando pela influência desse repertório do carimbó e guitarrada. A cantora Eliane, conhecida como rainha do forró, faz parte dessa geração, assim como a banda Mastruz com Leite, que fez um disco inteiramente dedicado ao Pinduca. Eles foram os precursores da modernidade no som mais regional”, afirma Tibico.
O projeto ainda prevê o encontro dos mestres paraenses do carimbó para um grande show em Fortaleza.
“Como é uma produção independente, estamos fazendo o filme por pedaços. Vamos produzir um show reunindo os que fizeram parte dessa história”, diz o diretor.
“Não temos a pretensão de fazer um documentário sobre a origem do carimbó. Minha vontade é apenas relembrar parte da minha juventude”, conclui.
Quem sabe agora, com as graças de Manu Chao, o carimbó e sua prima pobre, a lambada, possam experimentar um revival de sucesso sem culpa.
Fonte: Diário do Pará - Caderno Você (Adaptado)
Quarta-feira, 19/01/2011
Agora o carimbó se acrescenta à lista de influências de um número cada vez maior de artistas contemporâneos.
“No caso do Ceará, o carimbó assumiu um espaço dentro do vácuo musical que passávamos na época”, afirma o diretor. “Era um período de entressafra na música cearense. O forró tradicional, como o de Luiz Gonzaga, tinha decaído em popularidade, e o forró eletrônico, que ia tomar de assalto a década seguinte, nem havia sido pensado”.
Nas praias nordestinas, o gênero folclórico amazônico originalmente dançado em passos largos e tomando certa distância entre os parceiros foi aclimatado como uma dança coladinha.
“Grande parte do sucesso se deu porque era uma música ótima para se chegar nas meninas”, admite Tibico.
E a geração de Tibico viveu intensamente seu momento carimbozeiro. Nos anos 80, músicos como Alípio Martins, Vieira, Pinduca, Carlos Santos, Pim, Aldo Sena, Beto Barbosa e Mário Gonçalves experimentavam uma vida dupla entre Fortaleza e Belém. Tocavam nas rádios, eram atrações em programas de auditório como o de Irapuan Lima, espécie de Chacrinha da tevê cearense, e se apresentavam regularmente.
Para retratar esse período, o documentário traz depoimentos dos principais expoentes do cenário paraense, como Pinduca, Aldo Sena, Pim e Mestre Vieira. No caso de Alípio Martins, morto em 1997, e cuja música “Piranha” dá o título do documentário, serão usadas imagens de arquivo. O atual estágio de produção do média conta com cerca de doze horas de filmagem, com locações em Belém e nos municípios paraenses de Igarapé-Miri e Barcarena.
Durante a pesquisa, os produtores puderam perceber inclusive os atuais frutos desse intercâmbio cultural. O carimbó pop que amplificou a música tradicional paraense serviu posteriormente de base para o forró eletrônico cearense.
“Os músicos paraenses não tinham a dimensão de como iam influenciar o forró. Temos uma série de músicos que acabaram nascendo e se formando pela influência desse repertório do carimbó e guitarrada. A cantora Eliane, conhecida como rainha do forró, faz parte dessa geração, assim como a banda Mastruz com Leite, que fez um disco inteiramente dedicado ao Pinduca. Eles foram os precursores da modernidade no som mais regional”, afirma Tibico.
O projeto ainda prevê o encontro dos mestres paraenses do carimbó para um grande show em Fortaleza.
“Como é uma produção independente, estamos fazendo o filme por pedaços. Vamos produzir um show reunindo os que fizeram parte dessa história”, diz o diretor.
“Não temos a pretensão de fazer um documentário sobre a origem do carimbó. Minha vontade é apenas relembrar parte da minha juventude”, conclui.
Quem sabe agora, com as graças de Manu Chao, o carimbó e sua prima pobre, a lambada, possam experimentar um revival de sucesso sem culpa.
Fonte: Diário do Pará - Caderno Você (Adaptado)
Quarta-feira, 19/01/2011
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